segunda-feira, 21 de setembro de 2009

era artista e hj é arquiteto...

Seedbed, 1972.

Vejam que curioso o caso de Vito Acconci. Nos anos 70 se dedicou a performance, como essa da foto, Seedbed (ou numa livre tradução "cama de sementes"). Neste trabalho o artista ficou em baixo de uma rampa instalada em uma galeria por 8hs. Durante todo este tempo se masturbava e gritava suas fantasias sexuais para que o público ouvisse, mas so o enxergasse através de frestas.

Leia mais no artigo de Silas Martí, primeiro publicado na Folha de São Paulo, no site do Canal Contemporâneo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Nelson Leirner
























Leirner, Nelson
O Porco , 1966
porco empalhado em engradado de madeira
83 x 159 x 62 cm
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil
Registro fotográfico
Romulo Fialdini


E por falar em política, você já foi apresentado ao Porco do Nelson Leirner? este trabalho foi enviado para um salão, e ao contrário do que aconteceu com A fonte de Duchamp, o trabalho foi aceito. O artista em carta aberta publicada nos jornais exigia do júri explicações. Queria que explicassem o porque do aceite dado a obra.

E você o que acha?

Conheça mais sobre o artista, através do depoimento dele dado para um mini documentário produzido pelo Itaú Cultural.

Entrevista com Nelson Leirner.


29ª Bienal de São Paulo - Sempre há um copo de mar para um homem navegar




















Com 1,90 metro de altura e vestindo saia, Flávio de Carvalho chama a atenção ao desfilar no Viaduto do Chá, em São Paulo, com seu traje tropical no ano de 1956.


O curador da 29 Bienal de Arte de São Paulo anunciou hoje Aguinaldo Farias como co-curador da edição que pretende recuperar o significado das relações entre arte e política.

Leia mais na reportagem da Folha de São Paulo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Nuno Ramos














Mar Morto, 2008

Este artista foi analisado em sala de aula no dia 3 de setembro de 2009. Este é um material complementar a discussão levantada pela turma do 6 ºsem A matutino do curso de artes visuais da Unicastelo.

Nuno Ramos é um artista aqui de São Paulo que iniciou sua carreira como pintor. Nos anos 80 ele fazia parte do grupo Casa 7, artistas reunidos entorno do desejo de pintar e que dividiam um mesmo ateliê. O trabalho de cada um deles foi seguindo um rumo muito individual. A trajetória de Nuno o levou a alargar as fronteiras das linguagens. Veja o que ele mesmo diz no vídeo feito pela documenta Brasil para o Itaú Cultural na ùltima mostra do artista aqui em São Paulo no instituto Tomie Othake.
Depoimento de Nuno Ramos.













Este ano o artista fez uma escultura a partir de barcos naufragados, usando como material escultórico, sabão. Veja a reportagem no Globo de 18/03/2009.


Olhe que interessante a intervenção Vitrines que Nuno fez na Fundação Eva Klabin no Rio de Janeiro no site da revista Sibila.













Para mais informações sobre o artista veja o site da galeria que representa o artista aqui em São Paulo a Fortes Vilaça.

Marina Abramovic












Balkan Baroque, 1997
Bienal de Veneza
(Aqui a artista tenta em vão limpar o sangue dos ossos dos animais.)



A artista Yoguslava desde o início da sua formação na década de 70 na Academia de Belas Artes de Belgrado tem explorado o corpo como tema e meio (suporte). Sua investigação a levou a situações limites. Com seu companheiro Ulay ficou 17hs sentada com os cabelos emaranhados aos dele. Em outra performance se cortou com uma gilete até que o público pedisse para ela parar. São situações em que ninguém se colocaria facilmente, situações planejadas para criar impacto, para nos fazer pensar. No youtube há vários trabalhos da artista.

Relation in time, 1977 - aquele onde ela faz uma performance para a câmera, sentada por 16hs, com os cabelos presos aos de Ulay. Na décima sétima hora o público é convidado a entrar na galeria.

Relation in space,1977 - aqui Marina e Ulay, nús, na galeria, fazem seus corpos colidirem com paredes móveis que possuem o dobro do peso de seus corpos. Performance feita para a Documenta de Kassel 6, duração:32min.

O trabalho mais recente da artista continua senddo muito forte. Há, na web, mais material sobre ela, pesquise e envie pro nosso blog.
















Família I, da série "território tranquilo", Laos, 2008

OLHO DA RUA




















Imagem do trabalho "atitude suspeita",
do grupo esqueleto coletivo.


Abre hoje na Galeria Olido a exposição Olho da Rua. A mostra reune coletivos e artistas individuais que trabalham com intervenção urbana. Aqui especificamente são trabalhos que de alguma maneira abordam o indíviduo em situação de rua.
Não percam. E também não deixem de visitar o site da exposição.
http://olhodarua2009.wordpress.com/

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Lygia Clark



















O Eu e o Tu, 1967

Como transpor seu gênero? Como entrar na pele de um outro? Sentir o que o outro sente? Como ele se sente?

"Em O Eu e o Tu (1967), um homem e uma mulher vestidos em trajes que encobrem os corpos e usando capacetes que não permitem a visão, abrindo zíperes, entregando-se a mútua exploração" - Milliet, Maria Alice.Lygia Clark: Obra Trajeto. São Paulo, Edusp, 1992.Pp.111.

A artista extrapola as fronteiras da arte rumo a plena experimentação da existência humana, ao auto-conhecimento mediado por uma proposta que quando aceita faz com que o participante se dispa de pudores e preconceitos. Segundo o crítico Paulo Herkenhoff em citação encontrada no site do Itaúcultural:
"Clark avança para ultrapassar a importância do objeto. O artista não é o que apresenta o objeto, mas o que propõe a experiência, como em Caminhando. A relação clara é entre o artista e o Outro. Em paralelo, Oiticica fala da 'supressão definitiva da obra de arte'. Na constituição do corpo coletivo, Lygia Clark explora trocas num tecido de alteridades. Hélio Oiticica declara-se um não moderno. Finalmente, a atuação da artista, o Outro e os objetos relacionais são engajados numa ação terapêutica, ultrapassado o limite entre arte e vida. Não existe, nesta prática, qualquer possibilidade de ação no plano do sistema de arte, seja o museu, o mercado, a crítica ou a história. Lygia assume os extremos de seu projeto: declara-se não-artista. Sua relação de alteridade, através de sua atuação cultural, paulatinamente, se desloca da fruição do espectador e de sua atuação (como na teoria do não-objeto) para a compreensão do Outro como ser necessário e finalmente sujeito concreto". - HERKENHOFF, Paulo. A aventura planar de Lygia Clark: de caracóis, escadas e caminhando. In: CLARK, Lygia. Lygia Clark. São Paulo: MAM, 1999. p. 7, 57.
( veja mais na página de críticas sobre a obra de Clark no site do Itaú Cultural)